Nao tenho certeza do que acontece comigo. Nunca tive. Acho que, um dia, determinei coisas para mim mesma; talvez em momentos (ou fases, ou simplesmente porque era quem eu era) de imaturidade; coisas essas que nem sei o que são. Apenas sei que elas estão presentes, e são determinantes. Atitudes e sentimentos travados por uma força maior, talvez moralidade ou medo. O que, certamente, mais se adequa a isso é insegurança. Não minha insegurança quanto a mim mesma, mas insegurança do que eu posso causar. Ja causei muita coisa a muita gente, sem querer e sem notar. Talvez essa fase atual (e megalomaníaca ultra-umbiguista) seja um reflexo do que eu sofri de dano por conseqüência de mim mesma ( e só como peão nessa história; não atos meus). Ta, é patético essa auto-sentença de rotatividade e receio, que se choca instantaneamente com atributos inexistentes exigidos: por que eu não sou capaz de aceitar que nem todo mundo vê o mundo como eu? Por que, na verdade, eu não aceito que uma pessoa que possa ver o mundo de uma forma semelhante a minha deve ser a minha alma gêmea, ou qualquer outro pensamento besta como esse?
É complicado... se entender é dificil, e ter de lidar com outras pessoas, ou mesmo o mundo, é ainda mais. Ta, eu ando de bem comigo, de mal com o mundo, mas isso é normal! Acredito estar numa fase de ouro pessoal, mas quanto mais eu me sinto assim por dentro, mais as pessoas me irritam! Como saber quem vale a pena um investimento? Em qualquer sentido, mas uma dedicação para aceitar plenamente? Claro, o pensamento deve ser o de qualquert pessoa ao me ler: " como alguém que se diz de bem consigo é capaz de se questionar tanto por coisas tão amplas?" Pois bem, eis a síndrome KIKA... quanto mais questiono a minha medíocre existência, mais eu amo ser quem sou, e simultaneamente, mais odiada sou. É irônico, como tenho dito nos últimos 1000 textinhos... Apenas determinantes não funcionam mais, sendo elas quais forem. Os parâmetros caíram. Os tabus caíram. Por que os medos não são capazes de cair?
Sempre tive essas merdas de determinar coisas que, por coincidencia, talvez, fechavam! Mas... e coisas de tempo indeterminado? Quando vai fechar para poder seguir livre disso? Por que tenho medo de coisas que não existem? O que é real nunca me apavorou, mas o que é irreal ou apenas platônico sempre me fez fugir. Que tipo de lixo eu determinei pra mim quando eu não sabia viver? E quando eu vou reaprender a viver, dessa vez como adulta? Será que, um dia, consigo fugir desse estereotipo???

Será que ando lendo Harry Potter demais???